Estrada Real: a maior Rota Turística do Brasil

Compartilhar artigo

Compartilhar no facebook
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email

Muitos já ouviram falar dela, mas a grande maioria das pessoas ainda tem dúvidas sobre o que realmente é a Estrada Real. Alguns acham que ela é um atrativo específico, outros até duvidam que ela realmente existiu, mas a Estrada Real nada mais é que a maior Rota Turística do Brasil que reúne a nata dos destinos históricos e de natureza de Minas Gerais, berços da cultura, da arte e das tradições mineiras. Uma rota para quem quer percorrer por caminhada, de bike, de moto ou com todo o conforto com o suporte da HT Happy Travel, passando por cidades e vilas de Minas Gerais e garantindo experiências inesquecíveis.

A Estrada Real são caminhos formados ao longo de muitos anos, de idas e vindas, do litoral do Rio de Janeiro as Minas em buscas de riquezas desde o século XVII. Os caminhos foram abertos oficialmente pela Coroa Portuguesa e ligam as antigas regiões das minas e das pedras preciosas aos portos do Rio de Janeiro de onde toda a riqueza extraída era encaminhada para a Europa. A Estrada Real une três estados, sendo Minas Gerais, Rio de Janeiro e interior de São Paulo. Nessa busca os locais de pouso foram se tornando vilas e posteriormente cidades de rara beleza. Portanto, a Estrada Real é constituída basicamente pelas vias de acesso, os pontos de parada, as cidades e vilas históricas que se formaram durante o passar dos homens e do tempo.

Se a Espanha tem o Caminho de Santiago da Compostela, se os Estados Unidos tem a Rota 66, os brasileiros tem a Estrada Real para chamar de sua.

OS CAMINHOS DA ESTRADA REAL

A Estrada Real se desenvolveu em quatro caminhos de acordo com a evolução das buscas pelo ouro e posteriormente pelos diamantes em Minas Gerais.

Caminho Velho

Do mar às minas, soma 630 quilômetros. Saindo de Paraty, no litoral fluminense, passa pela Serra da Mantiqueira, pelo Circuito das Águas, por antigas vilas transformadas em cidades de médio porte e grande potencial turístico. A parada final é em Ouro Preto, ponto central da Estrada Real.

O Caminho Velho foi a primeira via aberta oficialmente pela Coroa Portuguesa para o tráfego entre o litoral fluminense e a região mineradora. A notícia da riqueza das minas fez com que fosse decretado como legal somente o Caminho Velho, instituindo crime de lesamajestade quem adentrasse o interior do país sem passar pelos registros de fiscalização e controle.

Caminho Novo

Os 515 quilômetros do Caminho Novo são os mais jovens da Estrada Real. Sua criação ocorreu em 1698, mas foi entre 1722 e 1725 que a rota estava finalmente definida. De Ouro Preto ao Rio de Janeiro, liga Minas Gerais ao mar da capital fluminense. Hoje, repleto de atrativos turísticos, guarda dezenas de vestígios da época mineradora, um verdadeiro convite para o viajante.

Aberto para ser alternativa ao Caminho Velho, devido às necessidades de recebimento de mais trabalhadores e equipamentos e do escoamento da crescente produção de ouro e diamantes, o Caminho Novo guarda para os turistas uma série de elementos da época das bandeiras e das primeiras explorações do território. São túneis, chafarizes e fazendas, alguns hoje transformados em confortáveis meios de hospedagem, que resgatam construções e costumes dos séculos XVIII e XIX.

A Inconfidência Mineira é a principal marca histórica de uma série de municípios do Caminho Novo. As dificuldades, lutas e ideais defendidos pelos inconfidentes estão até hoje marcadas em locais como Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco, em Minas Gerais, e Inconfidência, distrito de Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro, que guarda o Museu de Tiradentes.

Caminho dos Diamantes

O Caminho dos Diamantes tem cerca de 350 quilômetros e liga Diamantina a Ouro Preto. Passou a ter grande importância a partir de 1729, quando as pedras preciosas de Diamantina ganharam destaque nas economias brasileira e portuguesa.

Além da história de seus municípios, da cultura latente e da gastronomia típica, o Caminho dos Diamantes destaca-se pela beleza natural. Abriga o Parque Nacional da Serra do Cipó – trecho da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço – e suas cachoeiras, paredões e serras que permitem atividades como canoagem, rafting, moutain bike, cavalgadas, escaladas e, claro, boas viagens de carro por estradas de terra, entre pequenas cidades e vilarejos, ricos em fauna e flora.

Seu entorno conta ainda com outras sete unidades de conservação. São os Parques Estaduais do Rio Preto, de Biribiri, do Itambé, da Serra da Candonga, da Serra do Rola-Moça e do Itacolomi, além do Parque Nacional das Sempre-Vivas. A paisagem do Cerrado, que marca toda a região, mescla vegetação de campos de altitude com zonas de transição para Mata Atlântica.

Próximo ao Caminho dos Diamantes, no município de Confins, está o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte – Confins, importante elo entre cidades do sudeste brasileiro com diversas regiões do mundo.

Caminho de Sabarabuçu

O Caminho de Sabarabuçu foi criado como uma rota alternativa entre o Caminho dos Diamantes e a cidade de Ouro Preto. Seus 160 quilômetros conectam os distritos de Cocais (Barão de Cocais) e de Glaura (Ouro Preto).

A curta distância é suficiente para abrigar lugares com muita história para contar. Há cerca de trezentos anos, as serras íngremes do trecho, cortadas por cursos d’água como o rio das Velhas, eram vistas como verdadeiros tesouros, onde seria possível achar ouro e outros metais preciosos. Essa crença devia-se ao brilho que a atual Serra da Piedade (antigo Pico de Sabarabuçu) tem. O que os bandeirantes imaginavam ser ouro é, na verdade, o minério de ferro do topo da montanha, que reflete a luz do sol.

O caminho segue margeando o rio das Velhas e tem a Serra da Piedade, do alto dos seus 1.762 metros, como um dos atrativos. Além da mítica história da serra que reluz, servia também como referência de localização para a chegada nas minas a partir de Raposos, Sabará e Caeté.

Conhecer a Estrada Real é reviver o passado e a história de Minas e do Brasil. Caminhar pela Estrada Real é reviver os passos e os caminhos percorridos pelos descobridores, pelos escravos, pelo ouro e pela história.

MAPA DA ESTRADA REAL

Instituto Estrada Real: desenvolvimento do turismo regional

O Instituto Estrada Real (IER) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1999 pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Foi a entidade responsável por transformar o antigo caminho, aberto há mais de 300 anos pela Coroa Portuguesa, em uma rota turística reconhecida no Brasil e no exterior.

Hoje a Estrada Real passa por 199 municípios – 169 em Minas Gerais, 22 em São Paulo e oito no Rio de Janeiro – e tem 1,6 mil quilômetros de extensão e mais de 80 mil quilômetros quadrados de área de influência.

No site do Instituto Estrada Real é possível baixar os mapas dos caminhos com suas respectivas distâncias e demais informações. A rota é demarcada por totens em toda a sua extensão, permitindo que os visitantes possam ter a devida orientação.

Com o fortalecimento da cadeia produtiva do turismo, o IER busca o desenvolvimento sustentável dos municípios da Estrada Real. A demanda gerada pelos milhões de visitantes do destino é capaz de movimentar mais de 50 setores da indústria, criando oportunidades de negócios, de mais empregos e renda, contribuindo de forma efetiva para a economia regional.

A HT Happy Travel não só oferece passeios, roteiros e experiências pela Estrada Real com todo conforto e segurança, como também atua com projetos especiais, fazendo toda a curadoria para sua viagem de bike ou caminhada, com todo o suporte para que você possa realizar o seu sonho.

Fonte: Instituto Estrada Real

Outros artigos